Alfonsina Storni em tradução no Brasil

Alfonsina Storni em tradução no Brasil

Por Marlova Gonsales Aseff (UnB, Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução)

 

 Introdução   

As antologias em geral têm um importante papel para o conhecimento, a conservação e a revitalização da literatura (MARCHESE & FORRADELLAS, 2000, p. 30). Já as antologias de tradução em particular, entendidas aqui como “uma coleção de textos traduzidos, geralmente literários […], são indispensáveis ao estudo da tradução e da cultura literária, mesmo em países em que elas estão menos em evidência” (FRANK, 2008, p. 13). Partindo desses pressupostos, o objetivo deste artigo é fazer uma abordagem crítica de duas antologias recentemente traduzidas para o português do Brasil reunindo uma amostra significativa da poesia de Alfonsina Storni (1892-1938). A poeta suíço-argentina, cuja obra até pouco tempo contava com alguns poucos poemas publicados em antologias dedicadas à poesia hispano-americana e em suplementos culturais do Brasil, durante o ano de 2020, teve três volumes traduzidos dedicados exclusivamente à sua poesia. Dois desses volumes são antologias que reúnem uma amostra de todas as fases de sua produção poética. Tal acontecimento nos leva a especular sobre os fatores que motivaram essas edições, tendo em vista o pouco traduzidas que costumam ser as poetas hispano-americanas em nosso país. Por outro lado, o momento é propício para a publicação à prosa de mulheres da América hispânica, movimento esse que, ao que parece, ainda não chegou à poesia com a mesma intensidade.

Nossa proposta é abordar comparativamente as edições, indo em busca dos projetos de tradução subjacentes que surgem a partir da seleção dos poemas, da análise dos paratextos, das estratégias editoriais, chegando até uma breve análise textual, que poderá confirmar ou rechaçar os elementos constitutivos do projeto. Para isso, tentaremos determinar quem são os tradutores, assim como identificar algumas normas vigentes no campo da poesia traduzida no Brasil neste momento histórico (Toury, 2004; Bourdieu, 2013). As edições analisadas são: Antologia poética, lançada pela editora Coragem, de Porto Alegre, e Sou uma selva de raízes vivas, publicada pela editora Iluminuras, de São Paulo.

Para ler o artigo completo, acesse o e-book Desafios e Perspectivas da Tradução Literária no século XXI no link

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