Régis Bonvicino
Régis Bonvicino (1955) é poeta, tradutor e crítico paulistano. Formado em Direito, atua também como magistrado estadual de São Paulo desde 1990. Publicou o primeiro livro de poemas, Bicho Papel, em 1975. Entre 1975 e 1983, dirigiu as revistas de poesia Poesia em Greve, Qorpo Estranho e Muda. Por 33 Poemas (1990), ganhou o prêmio Jabuti de poesia. Publicou Litanias da Lua, poemas de Jules Laforgue (1989). Parte de sua obra poética foi traduzida para o chinês, o inglês, o francês, o espanhol, o catalão e o dinamarquês. É coeditor, junto com Charles Bernstein, da Sibila — Revista de Poesia e Cultura. Bonvicino é próximo de poetas da Language Poetry, grupo poético surgido na década de 1970 nos Estados Unidos. Ele traduziu poetas norte-americanos contemporâneos oriundos desse grupo, como Michael Palmer e Charles Bernstein. Juntamente com Palmer, Bonvicino e Nelson Ascher editaram a antologia Nothing the sun could not explain/ 20 contemporary Brazilian poets (Los Angeles, Sun & Moon Press, 1997), fazendo uma ponte entre a poesia brasileira e norte-americana. Bonvicino foi amigo de Paulo Leminski: Uma carta uma brasa através (1991) reúne a sua correspondência com o poeta curitibano. Traduziu A Pupilia do Zero – En la masmédula (Iluminuras, 1995), do vanguardista argentino Oliverio Girondo; Litanias da lua, de Jules Laforgue (Iluminuras, 1989); A um (Ateliê, 1997), de Robert Creeley, poeta que faz parte do grupo originado no Black Mountain College [escola experimental de artes na Carolina do Norte (EUA), que esteve em atividade de 1933 a 1956]; História da Guerra – Poemas e ensaios (Martins, 2008), de Charles Bernstein; Passagens (Gráfica Ouro Preto, 1996), de Michael Palmer, esses últimos, poetas da Language poetry. Traduziu ainda Primeiras palavras, de Douglas Messerli (Ateliê Editorial, 1999), com Cláudia Roquette-Pinto. Organizou e traduziu a antologia de dez poetas chineses contemporâneos Um barco remenda o mar (Martins, 2002). Continue lendo “Régis Bonvicino”
Péricles Eugênio da Silva Ramos (1919-1992) foi poeta pertencente à Geração de 45. Fundou em 1947, ao lado de outros escritores e poetas, a Revista Brasileira de Poesia. A publicação circulou entre 1947 e 1956 e divulgou os preceitos estéticos da Geração de 45 e foi o embrião do Clube de Poesia de São Paulo. A tradução teve um grande espaço nessa revista, que divulgou em todos os números poetas de várias nacionalidades, como o francês Paul Valéry, o cubano Nicolas Guillén e o alemão Rainer Maria Rilke. Silva Ramos foi também ensaísta, crítico literário e professor universitário. Em 1946, estreou com o livro de poemas Lamentação Floral. Manteve por vários anos uma coluna de crítica literária no Jornal de São Paulo, no Correio Paulistano e na Folha da Manhã. Organizou várias antologias da poesia brasileira e foi responsável pela edição da obra poética de Francisca Júlia (1874 – 1920) e Álvares de Azevedo (1831 – 1852). A partir de 1966, lecionou literatura portuguesa e técnica de redação na Faculdade de Comunicação Social Cásper (SP). Foi tradutor de Shakespeare, Mallarmé, François Villon e Góngora, entre outros. Entre as décadas de 1960 e 1990, publicou oito traduções de poesia: Sonetos de Shakespeare (Civilização Brasileira, 1970); Poemas, de John Keats (Art, 1985); Poemas de François Villon (Toda Poesia, 1986); Poemas de W.B. Yeats (Art Editora, 1987); Poemas, de Lord Byron (Art, 1989); Ode ao vento e outros poemas, de Shelley (Art, 1992) e as antologias Poesia grega e latina (Cultrix, 1964) e Poetas de Inglaterra (Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, 1971), em parceria com Paulo Vizioli. 

Paulo Hecker Filho (1926-2005) foi poeta, escritor, tradutor, dramaturgo, jornalista, cronista e crítico literário. Estreou em 1949 com um livro de crítica literária, mas só publicou poesia a partir da década de 1980. Escreveu mais de trinta livros entre obras de crítica, novela, conto, dramaturgia, poesia e tradução. Fundou a revista Crucial em Porto Alegre e teve participação nas revistas Quixote e Fronteira. Colaborou na mídia impressa, em especial nos jornais Correio do Povo, Zero Hora e Estado de São Paulo. Em 1986, recebeu o Prêmio Cassiano Ricardo por Perder a Vida, livro de poemas. De outros gêneros, traduziu Escritos de Apollinaire (L&PM, 1984), Aurelia (L&PM, 1997), de Nerval, O marido complacente (L&PM, 1997), de Sade, e três novelas de Maurice Leblanc (L&PM, 1972, 1979 e 1988). No terreno poético, traduziu Uma temporada no inferno, de Rimbaud (L&PM, 1997) e X-504, Jaime Jamarillo Escobar, poeta (Tchê, 1986).